A verborreia do desabafo nas ascenções e quedas de um humano. Sinta-se livre para dizer de sua justiça.
30.10.06
Jornaleiros
"Podem ser jornalistas cidadãos maiores de dezoito anos que provem fazer do jornalismo a sua actividade principal, permanente e remunerada (pelo menos desde os 15 anos).
Por actividade jornalística entende-se o exercício de funções de pesquisa(lol), recolha, selecção (criteriosa) e tratamento de factos, notícias ou opiniões (principalmente), através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica.
Deixa de ser considerada actividade jornalista, nos termos da lei, quando as funções descritas são desempenhadas ao serviço de publicações de natureza predominantemente promocional (coitado do Avante), ou cujo objecto específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar a conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial (mas.... há disso?)."
Partes do Estatuto do Jornalista comentadas.
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3 comentários:
Pelas suas adendas ao Estatuto do Jornalista vejo que é leitor assíduo do Tal&Qual, Crime, 24horas e (talvez) Correio da Manhã
Nãããã! Só o Correio da Manhã. Mas fica-lhe bem não morder a mão de quem lhe dá pão... ou não! Regra geral, o jornalismo praticado neste país é refém dos mais variadíssimos interesses; banca, grupos empresariais, grupos de interesse, spin doctors, agências de informação e promoções/contratações horizontais. É claro que também há qualidade intelectual, mas ainda vai uma grande diferença entre recenções críticas e artigos jornalisticos.
Concordo em parte com o seu comentário... eu não diria que o jornalismo português é refem de grupos de interesse, mas é verdade que é pressionado constantemente por alguns desses factores. Já me aconteceu as agências de comunicação me facilitarem o trabalho... e muito... Sobretudo na área do Marketing.
Imagine a seguinte situação: tem 5 ou 6 artigos de 3500 a 4000 caracteres e tem de escrever mais um de 8500 sobre um determinado produto ou comportamento, para alem de se contactar especialistas no ramo as agências de comunição tornam-se fundamentais porque uma vez contactadas são elas que vão pressionar os seus clientes para nos (aos jornalistas) darem as respostas. Desta forma focalizamo-nos melhor no nosso trabalho e não perdemos tempo. obviamente que estas agências que falo são as que fazem assessoria (tipo Youngnetwork; GCI; MediaPlanning...) Em relação à outras agências d comunicação/imagem, confesso, que nunca fui pressionado nem tão pouco contactado.
Mas neste momento até me é indiferente... já não trabalho na imprensa.
No entanto, acredite que em todas as redacções há quem lute diariamente contra todo o tipo de influências e jogos de interesse. Cabe ao jornalista ter a maturidade de saber se está a ser enganado... daí a importância da regra básica: consultar todas as partes com interesses atendíveis.
Um abraço!
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