1.2.07

Ourém: Aventura non-stop


Na hora do cafezinho do jantar, ia eu a caminho da metrópole ouriense quando me deparo com uma criança vestida com pijama e chinelos na beira da estrada. Ao passar reparei no seu olhar assustado. Voltei para trás e perguntei-lhe o que fazia ali, onde morava e porque não estava em casa àquela hora e com aquele frio. A resposta foi o mesmo olhar assustado agora já um pouco inquisitivo. Disse-lhe que fosse para casa, que estava muito frio para andar assim na rua. Segui. Matutava que deveria fazer mais alguma coisa. Eis que vejo o carro da PSP. Estaciono ao lado, abrem-se os vidros e transmito-lhes o sucedido. Poderia até não ser nada mas também poderia ser algo grave. Os policias foram educados e simpáticos. Já sabiam do que se tratava. Era uma miúda que tinha fugido da Casa da Criança e já andavam à sua procura. Já não era a primeira vez. Agradeceram-me com um sorriso e desejos de boa noite. Arrancaram e foram ao encontro da fugitiva.
A criança preferiu a “liberdade” ao quente da casa onde estava. Porquê? O que aconteceu? Só lhe posso desejar boa sorte. A sorte que eu tive.

3 comentários:

Anónimo disse...

Fizeste bem, Miguel. Muita gente iria ver a criança na borda da estrada e nem sequer parava.

Anónimo disse...

Ainda bem que houve preocupação da parte dos polícias...é que às vezes ignoram.

Anónimo disse...

como utente da casa da criança tenho a dizer que é mt triste falarem sem saber pois a menina em questão tem nos dado algum trabalho pois quando menos se espera ela vira costas e sem motivo nenhum sai de casa sem que nenhuma funcionaria dê por ela. temos saido muitas noites atras da menina, à sua procura. A menina em questão tem alguns problemas mentais e nao é facil estar atenta a tudo, visto que somos 40 meninas, cada uma com necessidades diferentes.