25.10.05

O autocarro


Há dias, fui novamente aos castelos. Quais? Os de Ourém. De caminho, na entrada pelo lado do Vilar, dei com um moderno autocarro que, a todo o custo queria subir até onde já não pudesse. E já não podia mais. Na penúltima curva, carregado de jovens de 70 anos, ficou entalado. Nem para cima, nem para baixo. Tanta tecnologia, tanta gente com experiência de vida mas a estrada foi mais forte. É uma curva muito apertada e íngreme mais ao jeito de quem vai de mota, de carro ou mesmo a pé. De que valeu ao motorista ter aquela máquina ali? Tanta tecnologia, tanta gente, tanta experiência e tanta vontade... mas não foi possível. Uma máquina do século XXI não cabia numa estrada medieval. Por vezes é mesmo assim; sentimos que não pertencemos...

4 comentários:

Elvira disse...

E às vezes, o motorista ainda está bêbado... Foi um apanhado recentemente na Lameirinha. E trazia os miúdos da escola...

Reticências... disse...

Sei que passamos a vida a ouvir falar, e a dizer, "Castelos" no plural, mas na realidade Castelo de Ourém há só um (com características defensivas) o outro "castelo" é o Paço do Conde (residência do D. Afonso, IV Conde de Ourém)...mas estás perdoado!

Mr Sleeves disse...

Para mim, dizer "os castelos" é mais do que só a referência àquele sítio no cimo de um monte. Para mim "os castelos" são os de Ourém. Os outros são só um e pouco me dizem. Quando digo "os castelos" é de propósito. Traz-me à mente recordações que nunca poderiam ser associadas mentalmente, se dissesse "o castelo". You know what I mean...

Reticências... disse...

I know what you mean...apeteceu-me "exlamar-te" com o rigor histórico, mas confesso que também digo "castelos" para designar "aquele" sítio onde tanta coisa acontece...é um plural que já está entranhado!